Livro de Atas do Conselho Municipal da Cidade de Jaguarão, órgão legislativo que sucedeu a Câmara de Vereadores no período republicano. Suas atribuições foram limitadas a apreciação do orçamento municipal, sendo que a Intendência Municipal concentrou as outras atribuições, como a gestão do município.
Imagem de capa: Acervo/PRODDOC
A divulgação dos resultados obtidos pelo programa de extensão PRODDOC ocorre principalmente por meio da publicação de artigos em revistas científicas e eventos acadêmicos. Esses canais desempenham um papel essencial na disseminação das pesquisas e atividades realizadas pelo programa, permitindo que essas informações alcancem um público abrangente dentro da comunidade acadêmica e científica. A publicação de artigos representa uma contribuição significativa que solidifica a posição do PRODDOC como uma referência na preservação do patrimônio histórico e na aplicação de tecnologias avançadas de digitalização e catalogação.
Ao compartilhar seus resultados em revistas especializadas e eventos científicos, o PRODDOC não apenas amplia sua influência, mas também abre portas para a troca de conhecimentos e a formação de parcerias. A exposição dos trabalhos do programa a pesquisadores, acadêmicos, profissionais e entusiastas interessados no campo do patrimônio histórico estimula o diálogo e enriquece mutuamente o conhecimento.
A publicação de artigos confere ao PRODDOC um reconhecimento e uma visibilidade que ultrapassam as fronteiras institucionais, impulsionando seu crescimento e aumentando sua capacidade de contribuir de forma positiva para a preservação e disseminação do patrimônio histórico regional.
Imagem de capa: Cláudia dos Santos/PRODDOC
Em Jaguarão, a imprensa escrita teve seu início em 7 de setembro de 1855, com a publicação do jornal “O Jaguarense”. Seu proprietário e redator era Pedro Bernardino de Moura. Do século XIX, o Programa de Extensão Catalogação e Digitalização de Documentação História (PRODDOC) catalogou e digitalizou 36 títulos de periódicos que foram editados na então Vila de Jaguarão, que mais tarde se tornaria o município de Jaguarão, conhecido como “Cidade Heroica”. Todos esses periódicos fazem parte do acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Jaguarão (IHGJ).
A primeira fase da imprensa jaguarense, que abrangeu o período de 1855 até meados da década de 1870, foi caracterizada pela presença de vários jornais associados a diferentes grupos políticos. Nestes jornais, destacam-se publicações e reproduções de editoriais críticos e opinativos, anúncios comerciais e editais emitidos por órgãos administrativos. O ápice desse período inicial ocorreu no final da década de 1860, quando a situação política nacional, marcada pela aliança entre os partidos Liberal e Conservador, não se refletiu no estado do Rio Grande do Sul. Nesse contexto, em 1868, pelo menos três tipografias estavam em operação em Jaguarão.
A segunda fase da imprensa local durante o século XIX reafirmou o foco no jornalismo político e comercial, mas também marcou a chegada da “imprensa de variedades”. Nessa fase, muitos jornais surgiram e se dedicaram aos gêneros literários, ilustrativos, satíricos e recreativos, devido à introdução de novas técnicas de impressão e diagramação, bem como às transformações culturais ocorridas durante o período da Bela Época (1870-1922). Essa tendência se expandiu, no final do século XIX.
Imagem de capa: Acervo/PRODDOC
Nesta coleção, estão incluídos os livros que contêm as atas das sessões da Câmara Municipal de Jaguarão durante o período do Brasil Império (1822-1889). Durante o período monárquico, as câmaras desempenharam um papel fundamental na administração municipal do Brasil. Em cada município, eram eleitos sete vereadores (nas Vilas) ou nove vereadores (nas Cidades) a cada quatro anos, sendo o vereador mais votado designado como presidente da câmara. Apesar das limitações impostas pela presidência e pela Assembleia Legislativa provincial, as câmaras eram responsáveis pela gestão de obras públicas e pela regulamentação da vida social local.
Nesse contexto, os vereadores se reuniam várias vezes ao longo de seus mandatos, e as decisões tomadas em cada sessão eram registradas em livros numerados sequencialmente e organizados cronologicamente. Em Jaguarão, a câmara foi estabelecida em 1833, após a elevação de vila à categoria de município. Em 1836, durante a Revolução Farroupilha (1835-1845), a câmara de Jaguarão foi o primeiro órgão administrativo da província a expressar apoio à proclamação de uma república no território rio-grandense, datando desse período o extravio dos dois primeiros livros de atas da Câmara Municipal de Jaguarão. Portanto, a presente coleção principia no livro número 3, que abrange o período de 1845 a 1848 e representa o registro mais antigo das reuniões do órgão administrativo em território jaguarense.
Imagem de capa: Pintura da Vila de Jaguarão, século XIX – Autor desconhecido (Acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Jaguarão)